quarta-feira, 30 de julho de 2014

Manutenção Preventiva em Disjuntores de BT

Manutenção Preventiva em DJ BT

Este artigo trata sobre a prática mínima recomendada para manutenção preventiva de disjuntor de baixa tensão.

Isolamento

Retire e barreiras que ficam entre os barramentos de fase e limpe-as. Limpe todos os materiais isolantes com aspirador e/ou panos limpos e sem fiapos. Se for necessaria a utilização de solventes de limpeza, utilizar apenas solventes recomendados pelo fabricante.

Verifique se há sinais de corona, trilhamento, arcos, ou danos térmicos ou físicos.


Certifique-se de que o isolamento é deixado limpo e seco.
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Contatos

Certifique-se que todos os contatos estão limpos, com operação suave e em alinhamento adequado. Assegurar que as pressões dos contatos são mantidos de acordo com as especificações do fabricante. Em contatos de prata, a descoloração geralmente não é prejudicial, a não ser se causada por depósitos de materiais isolantes. Contatos de prata podem ser limpos com álcool ou limpador de prata, usando panos não abrasivos.

Opere manualmente o disjuntor para verificar se estão adequadas a limpeza, a pressão de contato, o alinhamento dos contatos e para garantir que todos os contatos estão sincronizados. Caso o disjuntor possua bobinas de abertura e fechamento, poderá ser utilizada uma maleta de tempos com 3 canais para se verificar este sincronismo.

Se possível, um teste de resistência de contato devem ser realizado para determinar a qualidade e vida útil dos contatos. Micro-ohmímetros são utilizados para realizar testes de resistência de contato. Para isto aplicar uma corrente contínua através de todo o caminho do disjuntor fechado, incluindo os contatos, ponto de pivô e conexões do disjuntor. A leitura mostra a resistência de contato diretamente em micro-ohms.



Em disjuntores extraíveis inspecione os contatos fixos do painel quanto a sobreaquecimentos, alinhamento e molas quebradas ou fracas. Nos casos onde existe a necessidade de lubrificação, utilizar o lubrificante especificado pelo fabricante.

Câmaras de Arco

Limpe todos os materiais cerâmicos retirando toda a poeira solta e examine se há sinais de umidade; certifique-se que as montagens estão limpas e secas. Examine peças rachadas ou quebradas. Depósitos de sujeira e de arco podem ser removidos por lixamento leve - não usar lixa ou escovas de arame, que podem deixar resíduo condutor. Repare ou substitua conforme necessário.

Examine os extintores de arco para a sujeira e / ou acúmulo de poeira .Limpar se necessário. Um teste dielétrico das barreiras de arco pode ser recomendada pelo fabricante. 



Mecanismo de Operação

Verifique se há peças soltas, quebradas, desgastadas ou faltantes (consultar esquemas do fabricante para as peças necessárias). Examine para o desgaste excessivo de peças móveis. Observe se os mecanismos de operação estão funcionando corretamente, sem ação retardada.

Certifique-se que a lubrificação é feita de acordo com as especificações do fabricante.


Assegurar  que os mecanismos estão limpos, devidamente lubrificados e sem peças faltantes. Repare ou substitua conforme necessário.

Dispositivos Auxiliares

Inspecione os dispositivos auxiliares para o funcionamento adequado e estado geral. Garantir que todos os dispositivos indicadores etsão totalmente funcionais e configurados corretamente.

Os relés de proteção e dispositivos de trip do disjuntor devem ser inspecionados e testados de acordo com as especificações dos fabricantes e as normas aplicáveis ​​do setor, tais como as emitidas pelo Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e da National Fire Protection Association (NFPA) .

Normalmente cada fabricante possui seus equipamentos de testes e diagnósticos próprios.

Diagnósticos de  relés de disjuntor BT Schneider

Relé de proteção em falha, detectado durante teste.
Não deixe de fora de seus escopos de manutenção preventiva os disjuntores de baixa tensão. Eles são os principais responsáveis pela segurança elétrica dos trabalhadores. Seus tempos de atuação estão diretamente ligados aos níveis de emissão de energia em caso de arco (Energia incidente).


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segunda-feira, 21 de julho de 2014

10 Precauções quando Trabalhar em Equipamentos BT Energizados

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Para a maioria dos trabalhos, os equipamentos elétricos devem ser desenergizados, porque sempre há um alto risco de lesão aos trabalhadores se eles trabalham em equipamentos energizado. Pode ser possível programar esse tipo de trabalho fora do horário normal de trabalho para limitar a exposição ao risco.

"As vezes não é possível desligar completamente o equipamento de baixa tensão antes de trabalhar nele."
Trabalhe com o sistema desenergizado e aterrado sempre que possível
Por exemplo, pode ser necessário ter um equipamento em funcionamento, a fim de testá-lo ou ajustá-lo. Nesses casos, o trabalho deve ser realizado por trabalhadores que são qualificados e autorizados para fazer o trabalho. Eles devem seguir os procedimentos de segurança para trabalhos em equipamentos energizados.
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Você deve observar as seguintes precauções quando for trabalhar em equipamentos energizados, mas note que estes não são um substituto para o treinamento adequado e os procedimentos de segurança.

1. Pense à frente

Avaliar todos os riscos associados com a tarefa. Planejar todo o trabalho com antecedência para que você possa tomar todas as precauções, incluindo a organização para obter ajuda em caso de choque paralisante. Considere realizar uma reunião de segurança pré-trabalho para discutir o trabalho com todos os profissionais antes de iniciar o trabalho. Faça uso da APR (Análise Preliminar de Risco).

2. Conheça o Sistema

Os diagramas As-Built (Conforme Construído), devem estar disponíveis para aqueles que trabalham no sistema. Isso significa que você deve saber sobre todos os equipamentos instalados de acordo com a documentação (especificações técnicas, diagramas unifilares, diagramas de fiação, esquemas de blocos, etc.)

Tenha cuidado, nem sempre essa documentação está atualizada. Sempre desconfie.

3. Limite a Exposição

Tenha as partes energizadas expostas pelo menor tempo possível. Isso não quer dizer que você deve trabalhar rapidamente. Seja organizado de forma que o trabalho pode ser feito de forma eficiente.

4. Cubra as Partes Energizadas se Possível

Use barreiras isolantes e lençóis para cobrir partes energizadas que não forem alvo do trabalho.

5. Atenção às Partes Metálicas Aterradas

As peças de metal que estão aterradas devem ser cobertas com material isolante sempre que possível, para evitar contato acidental com partes energizadas.

6. Limitar a Energia Incidente de Arco Elétrico para Reduzir o Risco

Devem ser tomadas todas as medidas práticas para garantir que a corrente de falha no ponto de trabalho é mantida a mais baixo possível enquanto o trabalho está em andamento. Por exemplo, quando se mede a tensão, faça-o no lado da carga dos dispositivos de circuitos de proteção com a menor corrente nominal.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O Sistema de Isolamento de um Transformador de Potência [Parte 2]


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O ISOLAMENTO SÓLIDO

O papel Kraft é utilizado na forma de finas camadas envolvendo os enrolamentos ou na forma de espaçadores e tubos de alta densidade para promover o isolamento elétrico entre níveis de tensão e entre fases. Dependendo da tensão, da solicitação térmica ou mecânica, da característica de cada tipo de equipamento ou de suas partes, pode-se também utilizar papel impregnado com óleo ou com resina; materiais cerâmicos ou poliméricos; madeira laminada e vernizes compatíveis com o óleo.
Papel Kraft
Mesmo sendo, o papel Kraft, o mais utilizado no isolamento elétrico de transformadores de potência; quando se deseja resistência a altas temperaturas, emprega-se papel termo-estabilizado, que é um papel cuja celulose sofre um tratamento térmico especial. O Papel Nomex (poliamida) também pode ser utilizado como espaçador de bobinas, isolante de terminais, dentre outras aplicações, suportando temperaturas na ordem de 180 ºC a 200 ºC [Du Pont, 2002].
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O isolamento sólido mais utilizado é, portanto, um papel formado por longas fibras, cujos principais constituintes são as moléculas da celulose e a hemicelulose, embora ainda se encontre, em pequenas quantidades, a lignina. As ligninas são polímeros aromáticos complexos e as hemiceluloses são polissacarídeos ligados à celulose através de ligações de hidrogênio.
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Isolamento sólido em transformadores
A madeira é constituída principalmente de fibras celulósicas aderidas umas às outras através da lignina. Para separar estas fibras, durante a fabricação do papel, a celulose é quimicamente tratada para reduzir ou remover a lignina e as pentoses (hemiceluloses) a ela associadas, convertendo a madeira em polpa.

Para a obtenção da polpa, há três processos: 
  • Processo Mecânico – gera a polpa termo-mecânica (por prensagem da madeira presença de água e vapor d’água) e polpa termoquimimecânica (quando envolve o tratamento com reagentes químicos para a separação entre as fibras celulósicas e a lignina). Polpas mecânicas podem ser usadas, por exemplo, para a fabricação de papel jornal.
  • Processo Químico – gera a polpa química (normalmente chamado de processo Kraft, do alemão: "forte"). Neste processo, os cavacos de madeira são processados em digestores por aquecimento na presença de substâncias químicas a alta pressão. A polpa química gera um papel muito resistente que pode ser usado, por exemplo, na fabricação de bolsas de supermercado.
  • Processo por Reciclagem – gera a polpa reciclada por trituração da mistura e aparas de papel e água, em “pulpers” (grandes liquidificadores). A polpa reciclada é usada freqüentemente na fabricação de papel cartão, papel jornal como também outros tipos de papel para uso industrial e residencial como: papel higiênico, toalhas, lenços e guardanapos [celuloseonline 228, 2004].
Na fabricação de papel isolante é utilizado o processo Kraft, no qual a madeira é tratada com uma mistura de hidróxido de sódio e sulfato de sódio. Depois do tratamento, a composição química do papel é cerca de 89% celulose, 7 a 8% de pentoses e 3 a 4% de lignina.
O papel Kraft impregnado com óleo isolante, limpo e seco, é um dos melhores sistemas de isolamento conhecidos pelos fabricantes de transformadores, sendo empregado para dar rigidez mecânica e elétrica.
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Esses materiais têm elevada resistência de isolamento quando secos (0,5% a 1% de umidade) e são altamente higroscópicos.
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O papel Kraft é muito poroso, estimando-se que contenha de 80% a 95% de ar. Ele absorve cerca de 10% do volume de óleo colocado no tanque do transformador.

No próximo artigo vamos discutir sobre os processos de envelhecimento do isolamento líquido e sólido em um transformador. Fique ligado!